
Ele olha para a foto como quem não acredita que se passaram dez anos. “Uau”, exclama com o típico sotaque britânico. A imagem que a reportagem do Famosidades mostrou para Tom Felton, misturando sua fase adolescente com a adulta, é a síntese do que foi para o ator passar uma década inteira interpretando o personagem Draco Malfoy, o grande rival de Harry Potter na saga do bruxo dos livros de J. K. Rowling.
“É muito estranho ver isso, você não percebe que está mudando. Eu era muito diferente. É como ver fotos da época da faculdade e ver o quanto você mudou. Talvez hoje eu seja um cara mais bem educado, mais culto com tudo que aprendi”, confessou o ator, hoje com 23 anos, em mesa redonda, as famosas “round tables”, no Rio de Janeiro, com jornalistas que acompanham o lançamento mundial de “Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2”, que estreia nesta sexta-feira (15).
“Posso tirar uma foto disso? Vou mostrar para a minha mãe”, brincou antes de usar o seu smartphone para clicar a imagem. “Eu era um garotinho, e agora sou um jovem adulto. E é muito bom ver outras pessoas crescendo junto. Eu fico muito orgulhoso. Principalmente porque as pessoas continuam assistindo”, completou.
As declarações vão de encontro com a evolução dos oito filmes da franquia. Personagens mais maduros, como não poderia deixar de ser, dentro de um enredo mais denso, bem diferente da magia quase que infantil da “Pedra Filosofal”. Um exemplo disso são as cenas da batalha final entre os bruxos do bem e do mal que praticamente colocam abaixo a escola de Hogwarts, palco do aprendizado e da vivência de todos os personagens da trama.
“Foi um pouco triste, tenho que confessar. Foi onde passamos toda a história. Mas ao mesmo tempo, ver os efeitos especiais envolvidos foi algo muito divertido. Foi muito legal ver tudo aquilo explodindo no resultado final”, explicou Felton, para quem a história de Harry Potter não acabará tão logo os fãs tomem conhecimento do desfecho de “Você-Sabe-Quem Voldemort”.
“Foi legal e natural. Demos um até logo, obrigado e obrigado. Bem britânico. Sem choros, e abraços. A gente ainda não disse tchau. Eu vi o Daniel [Radcliffe] semana passada. Ele é um cara sensacional. É um trabalho de família. Não importa quantos anos se passem, sempre seremos amigos”, afirmou o ator, que chegou a se espantar com o assédio dos fãs brasileiros.
“Na Inglaterra as pessoas olham para você e batem palmas. Aqui foi uma loucura, muita gente vestida a caráter. Não entendo, honestamente. Mas sei também que eu represento parte deste reino mágico. Eu gostaria de ter tanta paixão por algo como elas têm, elas são completamente obcecadas por esse filme”, contou Felton, que sofreu para chegar ao alto do morro da Urca, na última quinta-feira, para o evento de pré-estreia. Deu milhares de autógrafos, tirou dezenas de fotos e se impressionou também com a vista que o Rio de Janeiro proporciona. “É tudo muito lindo. É incrível você ver essas montanhas junto com praias. A vista lá de cima do Pão de Açucar foi a mais sensacional de todas”, confessou.

A vida depois de "Harry Potter"
A recomendação da produção para a entrevista com Tom Felton era que se evitasse perguntas de caráter pessoal. O ator não deixou de responder, entretanto, sobre as declarações de seu amigo Daniel Radcliffe [que interpreta Harry Potter] de que teve problemas com álcool dando graças a Deus por não ter sido flagrado por nenhum tabloide sensacionalista.
“É algo comum. Quando você cresce na Inglaterra é normal você ver isso. Seu pai faz, seu tio também, então você acaba fazendo pela influência cultural. Mas não é algo que gostamos de fazer. Até porque nunca tivemos muito tempo festas. Filmávamos das 7 horas da manhã até 21 horas todos os dias. Concentração total”, esclareceu.
Irônico, ele fez questão também de esclarecer de uma vez por todas para a imprensa: não pretender ser um rapper. Nunca pensou nisso, aliás. “Isso é coisa dos tabloides britânicos que acabou se espalhando. Nem lembro de ter dito isso, deve ter sido alguma brincadeira que eu fiz. É meio ridículo. Amanhã vão dizer colocar na manchete dos jornais que eu vou ser um astronauta”, afirmou, arrancando gargalhadas dos repórteres. “Mas só para confirmar: eu estou brincando, hein!”.
Sobre o futuro, Felton tem o primeiro desafio em sua vida pós-Harry Potter. Ele estrela a continuação de “Planeta dos Macacos – A Origem”, com estreia prevista no Brasil para o dia 5 de agosto. Mais uma vez como um vilão. É o que ele gosta, é o que os fãs gostam: “É estranho quando você está no mundo real e as pessoas se confundem, acho isso meio bizarro. Mas no final é muito legal. É algo que aprendemos nesses 10 anos, a não ligar tanto para isso”.
“Eu gosto de ser lembrado como o Draco, não tenho problema com isso, e sim, muito orgulho. Gosto de ser um vilão e ainda quero assustar muitas crianças por aí”, finalizou, bem humorado
Fonte:Bing
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